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Covid-19 na Arquitetura de Habitação

Por Marcelo Montoro, Fundador e Managing Partner, Brazil

O Instituo Leônidas, importante braço científico no Brasil, afirmou que a pandemia Covid-19 tem relação com o desmatamento, pressão antrópica e segurança biológica, declaração por acaso não comentada pela arranhada OMS.

No final do primeiro semestre de 2020 o noticiário era quase exclusivamente sobre pandemia. Parte da população mundial se isolou, imergindo em nova rotina.

Médicos e enfermeiros se tornaram oráculos para perguntas sem respostas sobre o desastre biológico.

O isolamento foi condenado pelos terraplanistas e expôs a ineficácia das medidas para os vulneráveis. O problema estava nos costumes e no meio físico. Além dos problemas novos de quem pôde fazer o recomendado, os que não puderam se isolar entrincheiraram-se num cinturão de esponja e continuam a esperar passar.

Muitas teorias surgiram e caberá à “seleção natural” ceifar algumas. É fato que o trabalho remoto, se aumentar expressivamente, terá o condão de afetar as infraestruturas, preço da terra, da construção, relações de trabalho, logística. O home office sempre foi uma demanda do programa residencial. A crise pode ter despertado um novo interesse neste item de programa, ou oportunidades que envolvam ambas as ideias.

Trancados em casa vimos a arquitetura ser classificada como atividade não essencial, e vimos sua continuidade produtiva, tanto como home office quanto como trabalho remoto. Serviu de treino para a próxima.

Como o home office e o trabalho remoto já existiam antes da pandemia, a repentina pressão na sua demanda iluminou a importância deste recurso transversalmente, já que pode existir demanda deles em quase todas as classes sociais e em muitas atividades. Tema para anos de investigações, principalmente porque trabalho remoto não significa home office, nem vice-versa e muita confusão foi gerada em torno disso.

Mudanças ocorreram e ocorrerão, o que não é nada além do esperado. Mas a ânsia por saber o que iria se estabelecer foi grande. Muito provável é que nem todas as candidatas a “mudança” se integrarão ao modo de vida de cada país. Hoje, quase distanciados do lockdown, algumas noções e “candidatas a mudança” se destacaram para mim:

PROFECIA: é uma premonição e é dogmática. A hipótese é mais atraente que a profecia. Hipóteses são fáceis de serem compreendidas, principalmente quando são fundamentadas. É um recurso antigo que ganhou nova roupagem.

DESCONHECIDO: não saber o que não se sabe foi aterrorizante, afetou o establishment e, provavelmente, será imprevisivelmente terrível nas próximas situações similares;

EXPERIÊNCIAS: a eficiência, a adaptabilidade e a comunicação são conceitos que podem ter sido largamente experimentados, meditados e desejados nesta crise.

MORAR: muitos se viram confinados em casa, fazendo do lar, ou o morar, um protagonista. A pandemia afetou temporariamente nossa compreensão, forçando-nos a uma nova experimentação da habitação, o que poderá influenciar futuras mudanças nos arcabouços legais, expectativas, produtos, a relevância e a percepção da moradia.

VÍTIMAS: deu-me a impressão que foi consenso na maioria das análises e profecias que os setores mais atingidos foram a hotelaria e os escritórios. Algumas profecias ensaiavam os movimentos futuros destas atividades. Não profetizaram a extinção delas, o que também não ocorreu até agora. O fechamento da Hertz e da J.C. Penney nos EUA, por acaso, são casos pontuais de empresas que não tinham gorduras ou estavam com problemas anteriores, ambos ou além disso. Locação de carros e varejo não sumirão, ao menos no curto prazo, acho. Mais uma vez, como em toda crise, um pouco de gordura foi queimado, muitos negócios sumiram e muitas oportunidades surgiram.

VIRTUAL: a pandemia borrou ainda mais o limite entre o real e o virtual, cujas consequências são imprevisíveis.

WWW: a internet expandiu sua importância ou, ao menos, a quantidade de seus adeptos usuários. Tornou-se, no ápice do lockdown, um ringue, um campo de batalhas muito frequentado, com execuções, “cancelamentos” e outras bravatas, fenômenos que já vinha acontecendo antes desta pandemia. Como toda geração tem um ou alguns símbolos, as ocorrências no mundo virtual (deste período) são fortes candidatas a serem as eleitas, para além da banda larga.

A crise foi super em algumas coisas que, espera-se, não se mantenham. Quando esses superes se forem, irão juntas algumas profecias.

Como é certo que tudo muda, mudanças comportamentais, edilícias e urbanísticas não deveriam ser profetizadas nem pela arquitetura, nem pelo urbanismo nem por qualquer especialidade isoladamente. Hipóteses, poderão ser as melhores contribuições da arquitetura e do urbanismo. Muitas das situações vividas ainda serão profundamente analisadas, muitas apostas surgirão e a seleção natural (ou o filtro que for) elegerá as mudanças exitosas.

A pandemia foi e é um evento relevante que tem um grande impacto momentâneo. As mudanças são reflexas, são consequências desta perturbação. Ao contrário de dragões que cospem fogo, a pandemia é real e é game over para alguns. Mas, se a pandemia (ou qualquer outro Godzila que aparecesse) fosse um dragão, ele teria cuspido sobre nós o fogo que queima sem arder. Mais uma força renovadora dentre tantas outras com as quais vivemos.

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