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Como sobrevivem os edifícios?

Por Jorge Catarino, Senior Partner e Arquiteto

Numa época de pandemia, em que os vírus atacam os humanos, pediram-me um texto sobre a reabilitação urbana no cenário pós-pandemia. Sobre como é que os seres humanos lhes sobrevivem, temos os cientistas a dissertar. Sobre o que lhes acontece depois, temos os historiadores a narrar os casos passados e os políticos a congeminar as consequências futuras.

Mas… e a que sobrevivem os edifícios? Genericamente aos homens! Somos nós que os fazemos e, na maior parte das vezes, que os destruímos.

A arquitectura produz dois tipos de obras: as sobreviventes e as efémeras.

Em ambos os casos há bons e maus exemplares, ainda que nos primeiros a quantidade de boas obras supera significativamente as outras. Quando se projecta ou se constrói, não se sabe em qual dos critérios caberá a intervenção. Desde a pré-história que essa dúvida assalta quem a executa. Segundo o Arq. Fernando Távora a primeira invenção na arquitectura deu-se quando alguém numa caverna se lembrou de abrir uma janela. A porta não foi invenção humana, pois a caverna já possuía entrada… e não foi pelas janelas das grutas que a obra humana chegou até nós. Nem pela arquitectura. Mas pelos artefactos e sobretudo pela pintura. Foi preciso começar a erguer pedras (essencialmente) para que a arquitectura (tal como a definimos) chegasse até nós.

Na antiguidade clássica procuraram a imortalidade das obras pela beleza e na idade média pelo peso. Fomos aprimorando as técnicas, inventando materiais e inovando nas formas. Formámos teorias, fundamentámos a forma e o uso, passámos do caseiro ao industrial e revolucionámos os modos de vida.

Mas tanto avançávamos como retrocedemos. A guerra, as catástrofes ou a simples necessidade de implementar novos modos de vida, trataram de ser fundamentação suficiente para destruirmos o que antes havia sido construído. Mas até na guerra houve cuidado na preservação daquelas obras que reuniam o consenso sobre a necessidade da sua sobrevivência. Nos bombardeamentos da segunda guerra mundial havia especiais indicações para não se destruir certos monumentos ou certo tipo de obras (umas por necessidade de usos futuros, outras talvez por receio do purgatório, que deve estar cheio de almas destruidoras de bons exemplares de arquitectura).

Tenho por ideia e convicção que as boas obras de arquitectura têm uma capacidade de sobrevivência superior às restantes, por vários motivos. A maioria das intervenções são efémeras e de curta duração. E essa capacidade de sobrevivência não decorre tanto da qualidade dos materiais ou da sua execução, para fazer face ao decorrer do tempo, mas mais dos conceitos sobre o valor arquitectónico da obra. É que quando se procura planear sobre o que deve ser mantido ou não, a primeira análise é essa mesma: Qual o valor arquitectónico de cada intervenção?

Esta é a questão cuja resposta decide “Como sobrevivem os edifícios?”, seja num cenário de guerra, de paz ou de pandemia.

A minha preocupação centra-se em quem vai dar estas respostas. Agora e/ou depois da pandemia…

É que a pandemia ultrapassa-se, em último lugar, com uma vacina.

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