Beatriz Ângelo Hospital
O programa vencedor do concurso promovido pela Iniciativa Nacional de Saúde foi desenhado à escala humana, prosseguindo uma vontade de humanização do todo, reflexo dos novos paradigmas na leitura da relação médico-paciente. O desenho assenta numa proposta de tipologia em rede, em que o esquema de circulações e comunicação pretende responder eficazmente à intensidade das interações e a uma desejável flexibilidade funcional – desenhada tendo em conta futuras readaptações e a evolução do ciclo de vida do edificado.
Por isso o projeto contempla possíveis cenários de conversão e extensão, próprios da natureza de uma unidade de saúde. Ao longo da extensão que o define, o conjunto apela a uma composição equilibrada entre volumes, paisagem e infraestruturas.
«Há um conceito sempre presente, até mesmo obrigatório, no desenho da arquitetura de um hospital: a luz como símbolo da vida, do conhecimento e da ciência. (…) A arquitetura reflectiu uma vontade de aliar a qualidade dos materiais a um conceito estético elegantemente minimalista, conjugando harmoniosamente vários espaços amplos.»
No interior,a funcionalidade operacional é pontuada por pátios verdejantes e aberturas oportunas nas fachadas; estes canais de luz e vida determinam a humanização do espaço e rompem com o ambiente de relativa aspereza associado à função médica.